ABOUT RAINE HOLTZ
SOBRE RAINE HOLTZ
Raine Holtz creates music since 2006, when she established her private indie label The Schooner Harbour and began a long process of releasing conceptual albums under her solo project Through Waves. Namely a "self-therapy", the art is a constant documentation of themes deeply rooted in her life: loneliness, karmic sadness, rejection and the search for self-discovery through traumatic experiences. The resolution of inner conflicts is the main goal of her music. The climatic, constant exorcism that Raine produces with her albums makes the work an acquired taste: dense, melancholic, demanding attention and an open heart. Categorization is hard: inspired by folk music of all corners of the world, the cold darkwave from the 80's and neo-classical structures, this is one of the most interesting and unique artists of the brazilian underground... - Obviously illustrated by her use of the hurdy-gurdy, quite an uncommon sight in the country.
Because of its introspective and ritualistic traits, the work is hardly presented live by Raine. During many years she was the pioneer in the use of the hurdy-gurdy as a street musician in Brazil, playing traditional folk repertoires in her hometown of Curitiba, becoming quite a tourist attraction. She works with a very specific duality: in the privacy of her home studio she writes, records and produces the music of her "necessity"; while keeping to the stage the music of her "passion", her long study of folcloric oralities from all regions of the Mediterranean Sea, especially Sephardic and Greek traditions. Watching her play is a rare experience: an intimate conjuring of pure magic, that briefly transports us to the other spheres.
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Raine Holtz cria música desde 2006, quando inaugurou seu selo independente privado The Schooner Harbour e iniciou um longo processo de lançamento de álbuns conceituais para seu projeto solo Through Waves. Caracterizada como "auto-terapia", sua arte é uma documentação constante de temas profundamente ligados à vida da autora: solidão, tristeza kármica, rejeição e a busca por auto-conhecimento através de experiências traumáticas. A resolução de conflitos internos é o objetivo principal de sua música. O climático e constante exorcismo que Raine produz em seus álbuns torna sua obra um gosto adquirido: denso, melancólico, exigindo atenção e coração aberto. Categorizá-la é difícil: profundamente inspirada em música folclórica de diversos cantos do mundo, o gélido darkwave dos anos 80 e estruturas neo-clássicas, este é uma das mais interessantes e singulares artistas do underground brasileiro... - Fato obviamente ilustrado pelo uso de seu inusitado instrumento musical: a viela de roda.
Dada a característica introspectiva e ritualística de seu trabalho, Raine dificilmente se apresenta ao vivo. Durante anos ela foi a pioneira no Brasil em levar a viela de roda para as ruas de Curitiba, tocando repertórios de música tradicional para os transeuntes, tornando-se figura conhecida no turismo da cidade. Raine trabalha com uma dualidade muito específica: na privacidade de seu estúdio pessoal ela compõe, grava e produz a música de sua "necessidade"; enquanto reserva para o palco a música de sua "paixão", que vem de seu longo estudo de canções tradicionais de toda a região do mar Mediterrâneo, focando especialmente nas oralidades Sefarditas e Gregas. Vê-la tocar é uma experiência única: uma intimista conjuração de magia pura que brevemente nos transporta para outras esferas.